09 janeiro 2006

Como era bela...


Como era bela a Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo, também conhecida por Quinta do Mendes, com o seu lago, as suas cascatas, a sua vinha, a sua mata. Como nos explica Luísa Villarinho, no seu magnífico livro Uma casa de férias em finais do séc. XIX: Quinta de Nossa Senhora do Monte do Carmo (Lisboa: Editores & Livreiros, 1997), resultou de terrenos aforados em 1669 a Gil Vaz Lobo Freire, que neles ergeu a Ermida de Nossa Senhora do Monte do Carmo, onde jaz. Pouco sobrou dessa fantástica quinta ao camartelo: a ermida e o palacete, convertidos na actual Biblioteca Municipal D. Dinis – “um verdadeiro oásis cultural no meio desta mancha urbana [Odivelas] onde escasseia o espaço público de qualidade” (Expresso, Guia da Habitação, 20-04-2004, p. 92); as casas anexas, a precisar de restauro urgente; o mirante, o resto de uma cascata e algumas palmeiras. Originou, contudo, umas das mais interessantes urbanizações de Odivelas, sobretudo a sua parte poente (que confronta com a antiga estrada para Caneças), com os seus prédios de 4 pisos e as suas pracetas ajardinadas, o único espaço verde da Cidade que se pode comparar a um parque (estruturado em torno do velho mirante), os equipamentos escolares e desportivos.

2 Comments:

At 3:56 da tarde, Blogger Joaquim Baptista said...

Não tem por acaso fotografia da lápide funerária de Gil Vaz Lobo?

 
At 12:57 da tarde, Blogger Maria Máxima Vaz said...

Diz L.Vilarinho na ob. cit.p.19:
"O Livro de Foros que se pagam ao Senado dos anos1691/93 menciona em 11/12/669, por meio tostão e um frango, o aforamento feito a Gil Vaz Lobo dum padaço de chão em Odivelas, junto à sua quinta.Este fidalgo tb. designado como Alcaide-Mór da Villa de Cintra....."
Digo eu: a quinta é anterior e dele, antes desta data. Terá sido alcaide de Sintra?.....

 

Enviar um comentário

<< Home