17 abril 2006

Peri-urbe


No decurso da minha actividade profissional, tenho tido o privilégio de participar em animadas tertúlias em torno do fascinante tema do desenvolvimento rural. Nesses debates, em geral estamos todos de acordo sobre a importância dos espaços peri-urbanos, ou seja, dos territórios que ficam na transição entre a cidade e o campo.
As suas vantagens são inúmeras: possibilitam o abastecimento das cidades com produtos hortícolas frescos, contribuem para o equilíbrio dos ecossistemas (com especial importância para os ciclos da água e do carbono), são educativos para “miúdos e graúdos” (que podem aprender in loco noções básicas de agricultura e pecuária ou, simplesmente, “de onde vêm as alfaces”), amenizam a tensão habitual das cidades, relativizam os problemas do dia-a-dia.
Possibilitam encontros imediatos com rebanhos (ver foto) ou com aves de rapina. Em Odivelas é possível observar, por exemplo, peneireiros a caçar junto ao Olival Basto / CRIL ou no vale da Ribeira de Caneças - tema tão interessante que merecerá alguns “posts” dedidados.
Os espaços peri-urbanos possibilitam também longos passeios no campo com uma naturalidade que não é possível, por exemplo, a quem vive na Av. de Roma ou em Telheiras. O leitor já experimentou ir de Odivelas a Negrais ou a Loures passando por Caneças, Camarões e Aruil? Se não, experimente. Vai ver que não se arrepende. A Cidade ficará bem lá para trás!