28 março 2006

Boa vida (IV)

Sobre o que foi Odivelas no tempo de D. João V nada melhor do que o recurso aos relatos de Duc de Chatelet em Voyage en Portugal (1801), citado por Manuel Bernardes Branco (op. cit., p. 135):
“O convento d’Odivellas continha, no reinado de el-rei D. João V, tresentas religiosas, todas jovens e bellas. Tinha cada uma d’ellas um amante conhecido, raras vezes trajavam o vestuario da Ordem. Entregavam-se aos requinte do galanteio, e passavam por ser as mulheres mais seductoras do paiz. D’alli sahiram os numerosos bastardos d’el-rei D. João V, que d’este mosteiro fazia o seu verdadeiro harem”.
Este relato é, contudo, algo impreciso. De Madre Paula teve D. João V um filho, D. José, que foi Inquiridor-Mor do Reino.

1 Comments:

At 10:04 da tarde, Blogger Maria Máxima Vaz said...

É mais segura a informação de Borges de Figueiredo, em "O Mosteiro de Odivelas", a meu ver.
Manuel Bernardes Branco "embarca" no "diz-se", embora diga algumas verdades.Dos três "meninos de Palhavã, dois eram realmente filhos de freiras de Odivelas: D. Gaspar, arcebispo de Braga, filho de D. Madalena Máxima de Mirande e depois, D. José, inquisidor-mor do Reino, filho de Paula Teresa da Silva,(Madre Paula). Não estou certa se o mais velho dos três, D. António (militar), também era filho de uma freira. Certo é que era francesa, freira ou não. Ver "Os Grandes Amores de Portugal", de Rocha Martins

 

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