22 outubro 2006

Água


Neste dia diluviano, citemos Maria Manuela Justino Tomé (op. cit., p. 26) a propósito dos antigos sistemas de abastecimento de água do Mosteiro de S. Dinis:
"A água potável que abastecia o mosteiro era captada a partir de duas nascentes naturais: uma no Casal Ventoso e outra na Ramada que confluíam na mãe-d'água do Calçado de onde era aduzida ao mosteiro. Esta água potável era conduzida em canalização subterrânea até ao lavabo situado no claustro primitivo, de onde era distribuída à pia de lavagens da cozinha e outras dependências.
"No abastecimento de água para as necessidades da comunidade monástica, que exigiam um maior caudal (latrinas, regas, lagares e outras instalações «fabris») era utilizada a água não potável, captada na Ribeira de Caneças por um dique situado em Arroja e conduzida por gravidade até ao mosteiro, através de uma levada. Esta água não potável entrava no Mosteiro a norte (zona mais elevada), passava pelas latrinas da enfermaria e dos dormitórios, descarregando a jusante da Ribeira de Caneças, a poente".
Pertenceria a mina de água nas fotos (respectivo exterior e interior), situada na Quinta Nova, a essa infra-estrutura primitiva?
Conhecem os prezados leitores alguns (supostos) vestígios da mesma, que tenham sobrevivido às sucessivas operações de urbanização?