02 agosto 2006

Escola Avelar Brotero


Os cinco pontos de Le Corbusier para uma nova arquitectura: 1) pilares (pilotis) para suspender os edifícios acima do chão; 2) coberturas-jardim; 3) planta livre; 4) janelas corridas e 5) fachada livre (Baker, Geoffrey H., Le Corbusier: uma análise da forma, Martins Fontes, S. Paulo, 1998) foram aplicados, com excepção do segundo ponto, num dos mais importantes edifícios de Odivelas: a Escola Avelar Brotero.
Localizada mesmo à entrada da “terra”, dever-se-á ter inserido no importante programa de escolas modernistas que se seguiu aos projectos seminais da Escola do Bairro de S. Miguel (Lisboa, 1949-53), do recentemente desaparecido arquitecto Ruy Jervis d’Athouguia, e da Escola do Vale Escuro (Lisboa, 1953-56), dos arquitectos Joaquim Bento de Almeida e Victor Palla (cf. Becker, Annette, Ana Tostões e Wilfried Wang (org.), Portugal: Arquitectura do Século XX, CCB, Lisboa, 1998).
Tão interessante edifício apresenta-se, contudo, em preocupante estado de degradação, num concelho mais preocupado em produzir nova cidade do que em cuidar daquilo que (de bom) já tem.